Netanyahu discursa na ONU em meio à debandada de comitivas
Na 80ª Assembleia Geral, premiê israelense relembra ataques do Hamas, defende operações contra Hezbollah e Irã, agradece Trump e enfrenta críticas sobre crise humanitária em Gaza
No início do discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta sexta-feira (26/9), o auditório foi palco de divergências. Enquanto componentes de comitivas se retiraram, esvaziando o local antes mesmo de Netanyahu começar a falar, outros o aplaudiram de pé.
A atitude do público gerou um atraso nas falas de Netanyahu, que aguardou a situação se acalmar enquanto mediadores solicitavam ordem no local. O primeiro-ministro israelense falou em meio às críticas de líderes mundiais presentes na conferência sobre a crise humanitária na Faixa de Gaza, além de coincidir com o momento em que países reconhecem o Estado da Palestina.
Netanyahu apresentou um balanço dos avanços militares de Israel contra o Hamas e o chamado Eixo da Resistência liderado pelo Irã. O líder recordou operações que atingiram o Hezbollah em setembro de 2024, quando explosões danificaram pagers e rádios de combatentes do grupo, além dos ataques contra instalações nucleares em Teerã. Ele também agradeceu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo apoio e pelos bombardeios conjuntos contra o Irã.
No discurso, relembrou ainda os atentados do Hamas em 7 de outubro de 2023 e exibiu um broche no paletó com QR code que direciona aos vídeos das câmeras de segurança israelenses daquele dia. O premiê disse ter colocado alto-falantes próximos à Faixa de Gaza para enviar mensagens diretamente aos reféns israelenses, garantindo que não serão esquecidos. Em hebraico, declarou: “Se o Hamas libertar os sequestrados, viverão. Se não, Israel os caçará”.
Segundo Netanyahu, suas palavras estavam sendo transmitidas em tempo real aos celulares da população de Gaza por meio da inteligência israelense. O discurso aconteceu após videoconferência do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que acusou Israel de provocar a maior tragédia humanitária do século e defendeu o fim imediato das ofensivas para salvar o povo palestino.
Nas redes sociais, Netanyahu já havia antecipado o tom da fala, afirmando que criticaria líderes que, em vez de condenar “assassinos, estupradores e incendiários de crianças”, defendem a criação de um Estado palestino “no coração da Terra de Israel”.
Neste ano, o país seguiu a linha do governo Trump e anunciou a retirada de Abbas do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Como consequência, os Estados Unidos suspenderam o financiamento à Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), agravando a crise humanitária na região.
Com informaçoes do Correio Braziliense
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