Conjuntivite: por que a condição é mais comum na primavera?

 

Pólen, ácaros e outros alérgenos ficam mais presentes no ar nesta época do ano, aumentando os casos de conjuntivite alérgica


A conjuntivite primaveril, também chamada de conjuntivite alérgica sazonal, é uma das principais causas de desconforto ocular na primavera. Isso ocorre porque, nesta estação, árvores e plantas liberam pólen no ar, o que pode provocar reações alérgicas.


A condição é caracterizada pela inflamação da conjuntiva — membrana que reveste a parte branca dos olhos e a parte interna das pálpebras. “Substâncias como pólen, ácaros, pelos de animais e mofo estão mais presentes no ambiente nesta estação. Quando entram em contato com os olhos, podem ativar uma resposta exagerada do sistema imunológico, causando sintomas desconfortáveis”, explica o Dr. Antônio Sardinha, oftalmologista do HOC – Hospital de Olhos de Cuiabá.


Os principais sintomas são vermelhidão, coceira, sensação de ardor, lacrimejamento, inchaço das pálpebras e sensibilidade à luz. “A conjuntivite alérgica geralmente afeta os dois olhos ao mesmo tempo e costuma vir acompanhada de secreção clara”, reforça o especialista.


Embora não seja contagiosa, a condição exige cuidados. “Evite exposição prolongada ao ar livre em dias de alta contagem de pólen, use óculos de sol, lave os olhos com água filtrada gelada e mantenha uma alimentação equilibrada. Isso ajuda a prevenir crises alérgicas”, orienta o Dr. Sardinha. Ele também alerta para não coçar os olhos, já que o hábito pode piorar a inflamação e causar alterações na visão ao longo do tempo.


Se os sintomas persistirem, é importante procurar um oftalmologista, que poderá diferenciar a conjuntivite alérgica das formas viral ou bacteriana e indicar o tratamento adequado.

Paulo Melo