Tarifaço: Haddad aposta em cooperação com os EUA e diz que “há muito espaço para negociar”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, adotou tom conciliador nesta sexta-feira (1º/8) ao comentar sobre a nova rodade de tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra produtos brasileiros. Em declaração dada em frente à sede da pasta, em Brasília, Haddad reafirmou que o Brasil seguirá buscando cooperação com os EUA, mesmo diante da escalada protecionista do governo republicano.

“Ainda que tenha havido uma troca de comando lá (EUA), o nosso objetivo enquanto Estado nacional continua o mesmo: mais parceria com os Estados Unidos”, afirmou. “Não vamos mudar porque há um presidente menos alinhado com a social democracia brasileira. Ele tem direito de defender a economia deles e nós, a nossa. Mas há muito espaço para parceria — e é sobre isso que temos que jogar luz”, completou o ministro.

Apesar de o governo norte-americano ter repetido que 1º de agosto seria a data final e inadiável para a imposição das novas tarifas, uma ordem executiva publicada na quinta-feira (31/7) adiou a entrada em vigor da medida para a próxima quarta-feira, 6 de agosto. A decisão foi assinada por Trump e formaliza a aplicação de tarifas recíprocas a dezenas de países, com alíquotas que variam de 10% a 41%.

No caso do Brasil, a nova taxa é de 50% sobre alguns produtos, após um acréscimo de 40 pontos percentuais sobre os atuais 10% que já incidem contra os importados brasileiros. As novas tarifas atualizam as medidas comerciais divulgadas pelo republicano em 2 de abril, data batizada por ele como “Dia da Libertação”.

Ao minimizar o impacto da medida, Haddad ressaltou que há complementaridades importantes entre as economias brasileira e norte-americana, e que o foco do governo será em abrir caminhos para a cooperação, não em conflitos. “Do mesmo jeito que estamos ainda na mesa para encerrar, proveitosamente, a união entre União Europeia e Mercosul, também vamos fazer esforço junto aos Estados Unidos para mostrar que há espaço para cooperação.”

O ministro citou ainda o baixo índice de participação de empresas norte-americanas em licitações brasileiras como exemplo de oportunidades desperdiçadas. “A nossa infraestrutura está crescendo como há muito tempo não se vê, os indicadores são robustos. Então por que eles não podem participar mais da nossa economia? Nós estamos abertos.”

Ao final da coletiva, Haddad foi questionado sobre a possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciar oficialmente sobre o aumento das tarifas. O ministro respondeu de forma breve: “Eu dou sugestões, mas quem decide é ele”.

Com informações do Correio Braziliense

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Marcos Antonio Padilha