Lula defende protagonismo do BRICS no comércio global e na luta contra desigualdades
Durante a abertura do Fórum Empresarial do bloco, o presidente destacou força econômica do grupo e propõe novo modelo de desenvolvimento sustentável e inclusivo
Na abertura do Fórum Empresarial dos BRICS, nesta sábado (5/7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o bloco de economias emergentes, agora com 11 membros, já representa mais de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) global em paridade de poder de compra e deve manter um ritmo de crescimento superior ao da média mundial em 2025.
“Aproximar nossos setores produtivos é um pilar fundamental do BRICS”, declarou Lula, ao agradecer o Conselho Empresarial e a Aliança Empresarial de Mulheres pela organização do evento. O presidente destacou que os empresários presentes compõem “o eixo dinâmico da economia internacional” e ressaltou a importância de uma maior sinergia entre os países em desenvolvimento.
Segundo o petista, o comércio entre o Brasil e os demais países do BRICS totalizou US$ 210 bilhões no ano passado, mais que o dobro do volume negociado com a União Europeia. Apenas as exportações brasileiras do agronegócio para o bloco somaram US$ 71 bilhões. “Possuímos inúmeras complementaridades econômicas”, disse. “Nossos países podem liderar um novo modelo de desenvolvimento pautado em agricultura sustentável, indústria verde, infraestrutura resiliente e bioeconomia”, afirmou.
Lula também defendeu que o BRICS assuma o papel de fiador de um novo multilateralismo, em contraponto ao que classificou como o “ressurgimento do protecionismo”. Para ele, cabe às nações emergentes reformar a arquitetura financeira internacional e fortalecer o regime multilateral de comércio. Nesse sentido, o presidente destacou o apoio do bloco à Convenção da ONU para Cooperação Tributária e à Visão de Reforma do FMI como conquistas da presidência brasileira à frente do BRICS.
O presidente brasileiro lembrou que o grupo já atuou de forma coordenada durante a crise financeira de 2008 e a pandemia de Covid-19, e agora tem potencial para liderar a resposta global à fome e à pobreza. “O BRICS foi essencial para a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, disse.
Com entusiasmo, Lula ressaltou que os países do BRICS reúnem 33% das terras agricultáveis do planeta e respondem por 42% da produção agropecuária global, o que, segundo ele, dá ao grupo a capacidade de “alimentar o mundo” por meio de um modelo de produção sustentável. Ele ainda defendeu a ampliação do crédito rural, a agricultura de baixo carbono e a restauração de terras degradadas como caminhos estratégicos para o futuro.
Com informações do Correio Braziliense
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